A mamografia é um exame essencial para a detecção precoce do câncer de mama, uma das doenças que mais afetam mulheres em todo o mundo. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em 2022, a doença representou 11,6% dos diagnósticos de câncer, com mais de 73 mil novos casos registrados no Brasil. A detecção precoce pode reduzir a mortalidade em até 30%, reforçando a importância do rastreamento regular.
A Dra. Ana Paula Cunha, mastologista do Hospital da Fundação Oswaldo Aranha (H.FOA), destaca que a mamografia continua sendo o método mais eficaz para identificar tumores em estágio inicial. “A mamografia é a única modalidade de imagem que comprovadamente reduz a mortalidade, pois permite o diagnóstico de tumores ainda pequenos, muitas vezes impalpáveis. Isso faz toda a diferença no tratamento, aumentando as chances de cura e reduzindo a necessidade de intervenções agressivas”, explica.
Essa realidade é confirmada por Viviane Diniz, paciente do H.FOA que venceu o câncer de mama graças à detecção precoce. “O primeiro exame que fiz foi a mamografia, e já apareceu um nódulo. Eu faço mamografia todos os anos, há mais de 15 anos, e complemento com ultrassom. Mas foi a mamografia que detectou o problema. Como faço anualmente, consegui o diagnóstico muito no início”, conta Viviane.
Além de permitir um tratamento menos invasivo, o diagnóstico precoce melhora a qualidade de vida das pacientes. “Quando detectamos o câncer logo no início, podemos adotar terapias menos agressivas, como cirurgias conservadoras da mama, evitando procedimentos mais radicais, como a mastectomia. Isso proporciona uma recuperação mais rápida e um retorno à rotina com menos impactos físicos e emocionais”, destaca a Dra. Ana Paula.
Viviane reforça a importância do cuidado contínuo e do apoio recebido durante o tratamento no H.FOA. “O atendimento foi incrível, desde as recepcionistas até os enfermeiros e médicos. Todos foram super atenciosos e acolhedores, o que fez toda a diferença na minha jornada”, relata.
A importância do rastreamento regular
A recomendação médica é que mulheres entre 40 e 74 anos realizem a mamografia anualmente, preferencialmente com a técnica digital. Para garantir um exame mais preciso, a Dra. Ana Paula orienta alguns cuidados: “É importante evitar o uso de desodorantes, cremes ou perfumes nas axilas e seios no dia do exame, pois esses produtos podem interferir na qualidade da imagem. O ideal é agendar a mamografia entre o 5º e o 10º dia do ciclo menstrual, quando as mamas estão menos sensíveis, e usar roupas de duas peças para facilitar o procedimento.”
O exame é rápido e seguro, mas pode causar um leve desconforto devido à compressão das mamas. “Essa etapa é necessária para garantir imagens de qualidade e um diagnóstico preciso. Caso a paciente sinta dor, ela pode avisar o técnico, que ajustará a posição para minimizar qualquer incômodo”, explica a mastologista.
Além da mamografia, hábitos saudáveis também são aliados na prevenção do câncer de mama. “Praticar atividades físicas, manter o peso adequado, adotar uma alimentação equilibrada e evitar o consumo de álcool e cigarro são medidas fundamentais para reduzir os riscos”, reforça a Dra. Ana Paula.
“Todos os meses devem ser rosa”
Viviane faz um apelo para que todas as mulheres priorizem sua saúde e não deixem a mamografia para depois. “Não tenham receio de jeito nenhum. Façam o exame! Todos os meses devem ser rosa, não só outubro. Não esperem para fazer a mamografia apenas no mês da campanha. Façam anualmente, porque o diagnóstico precoce aumenta muito as chances de cura”, enfatiza.
O H.FOA conta com a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON), referência na região. Na unidade, histórias de superação se cruzam com a dedicação de uma equipe comprometida em transformar cuidado em esperança. O diagnóstico precoce pode salvar vidas. Agende sua mamografia e cuide da sua saúde.